Meus queridos amigos, há mais de cinquenta anos que namoro um sonho! Até que um dia decidi realizar uma experiência, transformá-lo em projecto, ou seja, maridar. Desse amor platónico, nasceu uma filha; parto precoce, excessivamente complicado: 700g. Segundo o médico, estava morta. Perante o facto, um esmerado enfermeiro, interpolou o doutor dizendo que o coração da fedelha pulsava! Sem demora, o terapeuta respondeu: não morreu mas está cega!
Depois de umas tréguas lógicas, a criança abriu os olhos. O seu progenitor feliz, apesar de agnóstico, mas laico, decidiu baptizá-la com o nome de [sem]Equívocos. Doze meses depois, já com as cognitivas quatro estações do ano adquiridas, graças aos estimados e atenciosos enfermeiros e enfermeiras, deu provas de ser uma criança robusta e bastante promissora.
Passadas as fases da lua, talvez as mais importantes: gestação, infância, adolescência, jovem, quando for adulta quer usar a palavra como forma de honradez para ser respeitada e a única universidade que quer seguir é a do pai.
Como pai, rogo que a natureza reitere o que de melhor tem pela frente e lhe dê a luz, o suficiente que ela espreita. E como amigo do meu filho meu amigo é, faça muitos amigos, amizade, e lute sempre pela cultura, liberdade e justiça.
augusto canetas